30/11/2019

No dia 25 de Outubro de 2019, a Associação Humana reconheceu à TRATOLIXO o prémio de “Responsabilidade Socio-ambiental”. O Presidente do Conselho de Administração da Tratolixo, Eng.º João Teixeira recebeu e expressou o seu agradecimento por este prémio, num acto celebrado no Palácio Valenças, em Sintra. 

Foi durante a celebração da Jornada Técnica sobre Economia Circular na Gestão de Resíduos que foi realizada a entrega. Nestas jornadas pretende-se analisar e estabelecer as bases para continuar a avançar na gestão sustentável dos resíduos e dos recursos (da roupa, no caso da Humana, com um fim social, materializada nos seus programas de cooperação).

O evento esteve marcado pela presença do então Secretário de Estado do Ministério do Ambiente, João Ataíde, que recebeu o prémio “Economia Circular”. A Humana Portugal é uma organização que desde 1998, trabalha a favor da protecção do meio ambiente através da reutilização têxtil e realiza quer programas de cooperação para o desenvolvimento em Moçambique e na Guiné-Bissau, quer apoio local em Portugal. Esta organização entregou à TRATOLIXO um dos Prémios Humana Circular, que reconhece os municípios e entidades que se destacaram quer pelas suas políticas, projectos ou decisões ambientais.

Na mesa redonda intitulada “Economia Circular na Gestão de participaram seis oradores Resíduos”: Nuno Bento, Coordenador do Observatório da CCDR LVT; Carlos Vieira, Director Delegado dos SMAS Sintra; João Teixeira, Presidente da TratoLixo; Mercês Ferreira, Vogal do Conselho Directivo da Agência Portuguesa do Ambiente; Luís Realista, membro da Direcção da Associação Smart Waste Portugal, e Sónia Almeida, Unit Manager de Recolha da Humana Portugal. Filipa Reis, Promotora Nacional da Humana foi a moderadora da mesa.

Nuno Bento destacou como “fundamental o combate ao desperdício” e comentou ainda que “não podemos achar que é a economia circular que vem resolver todos os nossos problemas, se formos realistas sabemos que isso não acontecerá a 100%, portanto há que pensar em quais são as opções mais eficazes”.

Carlos Vieira referiu que “é importante reduzir o consumo, mas tão ou mais importante que isso é a reutilização”.

Para João Teixeira, “a situação actual da gestão de resíduos em Portugal está atrasada. Verificam-se grandes carências no que diz respeito ao ensino, à adesão da população, empresas, etc. Será um problema cultural?!” Questionou o mesmo.

No entanto, Mercês Ferreira discordou, defendendo a “existência de uma política nacional ambiental bem delineada, com estratégias bem definidas. Destacou a importância da prevenção e de que devemos pensar e prolongar o ciclo de vida de um produto para evitar o resíduo.

Luís Realista sublinhou que “não nos podemos cingir apenas aos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e que a actividade de recolha selectiva deve registar um incremento”.

Sónia Almeida não discordando dos restantes oradores, apenas lamentou e alertou para o “longo caminho a percorrer no sector têxtil”, chamando os ouvintes à atenção para que “a mesma preocupação que se está a ter actualmente com o plástico se instaure o antes possível na fileira têxtil, para evitar resíduos e gerar recursos”, que ao fim ao cabo é a actividade que desenvolve a Humana em Portugal.

O evento terminou com as declarações do Secretário de Estado do Ambiente, Sr. Dr. João Ataíde, naquele que foi o seu último acto ocupando este cargo, um mandato “curto, mas entusiasmante” partilhou. Segundo o Secretário de Estado, “contamos com um excelente plano de acção para a economia circular, mas que sem a participação dos municípios não é possível. “