Compromisso com o ambiente

Ao longo dos 12 anos de laboração da Central de Digestão Anaeróbia, em Mafra, foram produzidas mais de 230 GWh de energia eléctrica, resultante do processo de tratamento biológico da fracção orgânica dos resíduos. Esta energia é considerada uma energia verde renovável.

De forma mais detalhada: através do processo de digestão anaeróbia dos resíduos orgânicos é gerado biogás, cuja composição é maioritariamente metano, um gás da família dos hidrocarbonetos e que constitui um gás de efeito estufa (GEE). A energia eléctrica gerada pelos motores de co-geração onde se introduz o gás metano, é comercializada e injectada na Rede Eléctrica Nacional (REN), constituindo uma importante fonte de rendimento para a Tratolixo.

Sabe-se que a energia é a maior fonte de emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia, gases responsáveis pelo aquecimento global e alterações climáticas. Desta forma, a melhoria da eficiência energética e a produção de energia mais limpa ajudam a alcançar os objectivos climáticos da UE e a reduzir a sua dependência das importações.

Assim, foram implementados painéis solares para aquecimento de águas dos balneários e ainda painéis fotovoltaicos produção de electricidade para autoconsumo.

A Tratolixo é uma empresa privada do sector empresarial local que opera uma actividade industrial, a qual apresenta o segundo maior consumo total de energia final a nível nacional. Por este motivo, é de assumir que a empresa contribui para a exploração dos recursos energéticos do país, o que – não obstante estar abrangida pela implementação do Plano de Poupança de Energia 2022-2023 – a fez identificar há muitos anos este aspecto ambiental para controlo e acompanhamento no seu Programa de Gestão.

Ainda, por ter registado nas suas instalações de Trajouce e da Abrunheira um consumo energético acima de 500 tep/ano, a Tratolixo é obrigada, ao abrigo do Sistema de Gestão de Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), a racionalizar o seu consumo de acordo com as metas legais definidas neste regime legal.

Assim, a empresa adopta e está continuamente a implementar várias medidas de redução de consumo energético. São disso exemplo a modernização de equipamentos, a aquisição de viaturas e/ou equipamentos energeticamente mais eficientes e a instalação/utilização de equipamentos de iluminação com baixo consumo energético. Também é prática recorrente a realização de acções de sensibilização junto dos funcionários relativamente à eficiência e racionalização energética – quer a nível de área administrativa quer a nível de área fabril – o que permite economizar o consumo energético da empresa.

Descrevem-se ainda mais medidas adoptadas nos seus Ecoparques ao nível da racionalização da energia:

- Telhas translúcidas;

- Permutadores de calor

- Sistema centralizado de monitorização de consumos

A recolha selectiva de biorresíduos  é, sem dúvida, um grande desafio para o País, mas, simultaneamente, uma oportunidade para contribuir para o cumprimento dos objectivos definidos pelo Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, que assenta na redução de emissões entre 85% e 90% até 2050, face a 2005.
Entre os municípios que já fazem recolha selectiva de biorresíduos encontram-se Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, destacando-se com um projecto pioneiro, que consiste na recolha dos biorresíduos através de um saco verde que permite leitura óptica entre os resíduos indiferenciados, evitando o desperdício, a contaminação e, em última análise, a deposição em aterro.
Este modelo, é mais um resultado da aposta da Tratolixo em l&D, tendo sido escolhido pelas mais-valias económicas e ambientais. O saco verde permite utilizar: o contentor indiferenciado já existente, o mesmo transporte de recolha do indiferenciado, o recurso às mesmas equipas, sem lavagens acrescidas dos camiões de recolha e ainda, poupar 300 000 m³ de água/ano, bem como economizar cerca de 850 000 litros de gasóleo/ano ou seja 2 250 000kg de CO₂, quando comparado com o sistema de recolha dedicada.
O modelo adoptado para recolher e tratar separadamente os biorresíduos na área geográfica abrangida pela Tratolixo é o resultado de um planeamento estratégico concertado entre todas as partes envolvidas, considerando todos os impactos, não só ambientais e económicos, mas também os impactos na qualidade de vida e no bem-estar de cada cidadão.

ConsultarRelatório  

Participamos em dinâmicas de conservação de biodiversidade (Projecto “Blue Circular Postbranding”, Projecto “Green Cork” e Projecto de Reciclagem de Cápsulas de Café) e pela importância que o tema da biodiversidade tem vindo a assumir, pretendemos contribuir de forma mais activa neste sentido, tendo aderido à Act4Nature Portugal – iniciativa mobilizadora das empresas portuguesas para a protecção, promoção e restauro da biodiversidade.

A empresa aderiu voluntariamente a esta iniciativa, visando promover a melhoraria das suas práticas organizacionais, participar activamente na protecção da natureza, mitigando ameaças à biodiversidade e promover o restauro de ecossistemas ao longo da sua cadeia de valor.

No seio desta iniciativa, a Tratolixo estabeleceu como um de seus compromissos o apadrinhamento do lobo ibérico – último grande predador do País – numa parceria com o Grupo Lobo.

Em permanência manifestamos uma preocupação em comutar os impactes negativos nos diferentes domínios da sustentabilidade. Atendendo a que a empresa desenvolve uma actividade económica e detém uma frota considerável de viaturas afectas à gestão e tratamento de resíduos e respectivas actividades acessórias, acaba por possuir responsabilidades cumulativas em matéria de emissões de CO₂.

Em linha com a estratégia nacional de longo prazo para a neutralidade carbónica da economia portuguesa em 2050, substituímos algumas viaturas ligeiras a gasóleo por viaturas 100% eléctricas, com 0% de emissões de CO₂, seguida do reforço da frota de ligeiros com a aquisição de novas viaturas eléctricas. Ambas as iniciativas realizaram-se ao abrigo de apoios concedidos pelo Fundo Ambiental.

Desde 2022 que disponibilizamos postos de carregamento para as viaturas eléctricas dos próprios funcionários da empresa.

Praticamos o tratamento e recirculação de água e evitamos o consumo de de água potável, num volume significativo que contribui para a preservação deste recurso precioso! São disso exemplos:

- A reutilização da totalidade de água industrial tratada nos processos da CDA e ETAL (desde 2015 que a água industrial representa mais de 80% do consumo da instalação); 

- A captação e armazenamento das águas pluviais na nova Central de Compostagem de Resíduos Verdes (CCRV) de Trajouce para a rega das pilhas de composto;

- A promoção da utilização sustentável de água de consumo humano e industrial nas diferentes instalações da empresa;

- A monitorização do seu consumo e tratamento.

A nossa visão inovadora e práticas sustentáveis podem inspirar outras empresas a adoptar medidas para um futuro mais verde e sustentável.